quinta-feira, 30 de abril de 2009

Aviso aos navegantes

Em primeiro lugar, algumas pessoas se manifestaram sobre o blog, então obrigado para os que postaram comentários. Aproveitando, queria pedir para se identificarem de alguma forma ao comentar, estou recebendo alguns comentários interessantes e não tem como dizer nada, ou menos saber quem foi, isso é muito triste. Então, parem de mistério e falem seus nomes ou e-mail de contato.

Não vou abandonar o blog, mas preciso mudar meus paradigmas pra depois voltar a postar coisas novas, vida nova e essas pieguices todas.

sábado, 25 de abril de 2009

Aviso ás "Multidões"

Devido a uma retomada de minha autocrítica, não irei mais postar neste blog por um bom tempo, pelo menos até me sentir melhor para isso. Os motivos são simples:
  • são poucas as pessoas que lêem, e muito menos as que comentam, isso não é de todo ruim, mas não é de todo bom.
  • não me sinto capaz de me expressar, meus textos são medíocres e egocêntricos, e não faz muito sentido publicar algo que só agrada a si mesmo, melhor guardar para mim.
  • não quero mais contar com esse subterfúgio virtual, decidi queimar sozinho
  • e por último, não quero mais testemunhas do que se passa, acho que é importante passo para acabar com meu egoísmo, agüentar tudo sozinho.
Sei que fui incoerente nos motivos, mas a vida é assim, incoerente e mentirosa. Obrigado aos que sempre leram meu blog, e principalmente aos que comentavam. Isso servia para massagear meu ego, que aqui jaz.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

História sem fim

Abro os olhos, reviro, suspiro
A noite nunca tem fim
Fecho os olhos, choro, pioro
porque a gente é assim?

As borboletas já não cabem aqui
E nos meus olhos molhados
Vejo-as no fundo do vazo
Boiando, junto ao meu reflexo

Queria apertar aquele botão
E ver-me descendo neste buraco
Mas eu continuo aqui
Em pé, esperando o meu descanso merecido

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Cadafalso

Galo a cantar, é o sol
Em minha cabeça, mais um dia
Calos em minhas pequenas mãos
Dor em meus pés descalços

O mato a cortar minha pele
O peso a abater minhas costas
A mão a ferir meu rosto
As palavras que me jogam no poço

O sol a se por, é a lua
Nada mais acontece, é a noite
Latas nas portas, é o medo
A dor em suas víceras, é a morte

A cama de palha, é o sono
O cansaço me inebria
Não ouço a lata, a morte espreita
Sorrateiro, foge ao seu destino

De novo de pé, não, não é o sol
É o grito, corro para ver
É ele, é a árvore, é a corda
A dor não mais lhe incomoda
Agora ela é só minha

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Amor ideal

o amor ideal
não se desgasta
atinge a todos
independente de casta

sentimento ordinário
indefinido, subjetivo
sentimento involuntário
incomplento, transitivo

o amor não pede licença
não escolhe quem
doce e eterna sentença
faz-nos de refém

porém, sem vivê-lo
não tenho um norte
por puro desmazelo
anteponho a morte

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Rio de desgraças

Eu rio, rio de desgraças
rio de decepções e desilusões
rio de torrentes sentimentais
rio torrencial

Eu rio, rio de desgraças
rio de ser sempre o mesmo
rio de nunca ser o mesmo
rio do devir

Eu rio, eu devir
eu existo, eu padeço
eu, rio de desgraças

terça-feira, 7 de abril de 2009

Por nada

Por teus pais, que te ensinaram a não quebrar o ovo

Por todo o pudor que se amontoou ao teu redor, te sufocando

Por toda a beleza que apenas ignoraste por tua existência

Por teus amigos, que te compraram de acordo com a demanda

Por teu dinheiro, que te permitiu falar quando deveria calar-te

Por tua hipocrisia que fez calar-te, quando deveria gritar

Por arrepender-te agora, quado não há mais tempo

Por não ter a quem dizer adeus...

sábado, 4 de abril de 2009

Carta para uma amiga

Boa noite solidão,

Hoje, não consegui fugir e você me pegou em cheio. Bom saber que passaremos mais uma noite juntos, já faz tempos desde a última vez. Sabe como é, o trabalho e a rotina acabam me fazendo dormir cedo e nem tenho tempo para lhe receber.

Mas aproveitemos nosso tempo juntos, como antigamente. Você me vem com todo esse papo, me deixando paranóico, me lembrando da minha insignificância. Me faz lembrar de todos aqueles problemas de sempre. Pois saiba que adoro essa úlcera que devora meu estomago toda vez que me visita. Ela faz me sentir vivo. Saiba também, que esses fantasmas que lhe acompanham toda vez, bem... já me acostumei com eles, apesar que eles vivem me magoando.

Pena que hoje somos só nós, nossos amigos o Whisky, a cocaína e os cigarros não vieram. A festa é só nossa. Mas como não gosto de pouca gente, estou me encarregando de achar mais alguns fantasmas, lendo aquelas cartas velhas dentro destas latas. Bisbilhotando coisas que não deveria, e imaginando coisas da maneira mais dramalhona e auto-destrutiva possível.

Não que eu esteja despretigiando-lhe, saiba que você é a pessoa mais importante da noite, sem você nada disso seria possível. Só tenho a lhe agradecer. Pois é apenas com você, minha única e sincera companheira é que mostro minha verdadeira face. Você me dá as ferramentas, e eu boto as mãos à obra. Me dê os motivos, e eu estabeleço minha própria desgraça, me dê o tempo, e eu me encarrego de preenchê-lo, com dor e amargura. Só assim, dentro desse abismo consigo olhar o mundo, e ver como tudo é engraçado. A canalhice alheia me enaltece, e quando estou assim, a sós com você, percebo-a com mais clareza. Esse seu jeito de falar, ao pé do meu ouvido, sussurrando me dá calafrios, mas por outro lado, você sabe que acabo me encantando, cada vez mais e mais. O seu discurso é tão sedutor, que acabo por me enojar de todos esses hipócritas falantes. Basta falar para ser hipócrita, e você não fala, sussurra.

Sua sinceridade me comove. Espero ser para sempre seu.

[]s
Seu principal admirador e escravo.