terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pintado de azul

Maldito pássaro inoportuno
Arrancando toda minha pele e me deixando nu
Cantando alto e espalhafatoso com toda sua plumagem azul
Mais forte que eu, mais forte do que eu jamais poderei ser

Maldito pássaro inoportuno
Que não se rende a cigarros, whisky, pó ou putas
Ele sempre foi mais forte que eu
E mesmo quando adormecido é visível a léguas de distância

Voe pra longe, deixe-me viver com dignidade
Ou fique e me queime logo por dentro, até a morte
Mas não fique aqui olhando o meu choro
E ainda sim cantando, com essa plumagem azul